Rui Costa abriu oficialmente a sua campanha à presidência do Benfica em Paredes, no 26.º aniversário da Casa do clube local, assumindo erros no seu primeiro mandato e reforçando a vontade de continuar.

O atual líder das águias reconheceu:
«Reconheço que gostava de estar aqui a festejar muitos mais títulos no futebol e numa semana diferente. Percebo na perfeição a responsabilidade que é estar à frente de um clube desta dimensão, assim como percebo a frustração dos nossos adeptos e sócios quando a equipa não ganha. Nunca fugirei a essas responsabilidades.»

Sobre os últimos quatro anos, admitiu: «Não escondo que é uma tristeza para mim não termos conseguido mais títulos no futebol neste período. Ninguém sofre mais por isso do que eu. Acreditem que ninguém sente mais a ausência desses títulos do que eu. Também sei que, quando a equipa de futebol não ganha, tudo o resto passa ao lado e aparenta estar errado, mas não esteve.»

Relembrando a forma como chegou ao cargo, após a saída de Luís Filipe Vieira em 2021, explicou: «Não ganhámos muito, mas queria relembrar a toda a gente como entrei para presidente neste clube. Foi talvez no período mais controverso da nossa história. É verdade que passámos por momentos maus no passado, quer financeiros, quer estruturais, mas eu virei presidente da manhã para a noite para não deixar o Benfica cair.»

E acrescentou:
«Virei presidente do Benfica impreparado, porque estava de manhã a trabalhar com a equipa de futebol no Seixal e ao fim do dia era presidente. Não esqueço de tudo o que vivi, mas não me arrependo, porque nunca me escondi nem me vou esconder da responsabilidade que é ser benfiquista.»

Sobre o balanço do mandato, admitiu falhas: «Naquele período, apareci eu e o Francisco Benitez. Não apareceu mais ninguém e era aí que, se calhar, o Benfica precisava de tantos candidatos à presidência. Foram quatro anos de muitas modificações após uma gerência de 20 anos. É normal que se demore algum tempo a mudar coisas e a pôr em prática o que se pretende. É normal que tenha falhado em alguns casos, em que podia ter sido mais rápido. Não me custa admitir isso.»

Rui Costa, que apresentou José Mourinho como novo treinador da equipa de futebol, mostrou confiança no futuro: «Se estivesse problemática [a situação financeira], não apareciam seis candidatos. Não sou eu que o digo, é a história do Benfica. Os custos operacionais aumentaram 5% por ano, mas as receitas subiram 10,8%. Jamais meteria o clube em perigo ou instável financeiramente.»

Eleito em 2021 com 84,48% dos votos, Rui Costa volta a recandidatar-se a 25 de outubro, enfrentando Luís Filipe Vieira, João Noronha Lopes, Francisco Benitez, João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho e Martim Mayer. «Quero estar mais forte do que nunca», assegurou.

Receção calorosa ao Presidente Rui Costa na Casa do Benfica de Paredes. 🥵👀 pic.twitter.com/BfPmObRRdv

— McQueeИ Infos 🚗 (@McQueenInfos) September 19, 2025

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