Sérgio Conceição optou por partilhar, na manhã desta sexta-feira, um episódio digno dos “apanhados” que vivenciou na tarde de ontem ao deslocar-se à cidade do Porto para ser ouvido como testemunha no tribunal.

Durante a conferência de imprensa de antevisão ao jogo contra o Famalicão, o treinador do FC Porto quis apresentar a sua versão dos acontecimentos, após a história ter sido divulgada pela imprensa.

“Eu? Fisicamente, estou bem. Apesar da multa de ontem, que foi mais falada do que… Querem que vos conte isto? Foi uma situação engraçada. Posso partilhar, não posso?”, começou por dizer.

“Então é assim, eu chego ao tribunal [do DIAP do Porto] como testemunha. E o meu advogado que até queria pagar a multa no final porque achou que era ele o culpado. Porque há dois lugares para as testemunhas, para quem vai testemunhar ao DIAP, e estavam dois lugares livres e eu meto o carro num lugar. Não vi sinal nenhum no chão, vi a placa grande que era indicadora do lugar das pessoas que iam entrar. Para meu espanto, e vou testemunhar sobre um processo do Rui Cerqueira, 40 minutos depois saio e está a ser rebocado. ‘Mas rebocado porquê?’, perguntei. Responderam-me que não temos lugares certos. Descemos e entretanto já estavam a levantar o carro e disse: ‘Estou aqui, podem por o carro no chão.’ Depois dizem-me que já registaram a multa. Mas eu meti o carro no lugar que o advogado me disse. Fomos ver e tinha lá escondido um sinal para deficientes. Perguntei se era o primeiro ou o segundo. Porque não tinha nada no chão. Meti num deles. O outro ficou livre durante duas horas para quem ia testemunhar. Resumindo e concluído, vou para pagar a multa com o cartão na máquina do multibanco, meto o código e o polícia diz-me: ‘Grande portista, tenho um amigo no FC Porto…’ e respondo: ‘Então está a passar-me a multa?’ Ele diz: ‘Está registada, não posso fazer nada…’ O amigo era o Rui Cerqueira. Isto é para os apanhados de certeza, mas eu vim testemunhar a favor do Rui! Mas vamos contestar”, explicou Sérgio já no final da conferência.