Paul Scholes, figura histórica do Manchester United, voltou a deixar críticas à gestão do clube, apontando diretamente à política de contratações conduzida por Ruben Amorim. O antigo médio considera que o último mercado de transferências foi mal aproveitado, já que a equipa necessitava de reforços em posições específicas como a baliza e o meio-campo, em vez de se focar em contratar vários avançados.

«Quem estava responsável pela contratação de novos jogadores focou-se na compra de avançados. Aí sim, era preciso atenção, mas seriam necessários três (Mbeumo, Matheus Cunha e Sesko) novos jogadores? Não tenho a certeza», afirmou o ex-jogador em declarações à BBC.

Para Scholes, a maior fragilidade continua a estar no setor intermédio. «Não creio que a qualidade esteja presente. Independentemente de quais dois jogadores ele escolha para o meio-campo, entre os quatro ou cinco médios disponíveis, qualquer combinação que tente – com Casemiro, Bruno Fernandes, Kobbie Mainoo – não funciona. Isso é um grande problema», comentou o antigo internacional inglês, que representou os red devils em 718 jogos entre 1994 e 2013. Nesse sentido, reforçou que o alvo prioritário deveria ter sido um médio capaz de gerir o ritmo da equipa. «Pensei que, durante todo o verão, a prioridade absoluta era contratar um médio-centro que pudesse controlar o jogo», acrescentou.

O ex-jogador mostrou-se igualmente insatisfeito com a gestão da baliza. «O guarda-redes também era um problema fundamental. Será que tiveram de chegar ao jogo contra o Grimsby para perceber que Onana não era suficientemente bom?», questionou de forma crítica. Para Scholes, a situação tornou-se ainda mais grave quando o Manchester City garantiu a contratação de Gianluigi Donnarumma. «Se o Manchester United não entrou na batalha por Gianluigi Donnarumma, quando se soube que estava disponível, isso é um crime», atirou, lembrando que o guardião italiano se estreou justamente num triunfo dos citizens sobre os red devils, deixando uma boa imagem.

Apesar disso, o clube de Old Trafford acabou por contratar um guarda-redes, o belga Senne Lemmens, de 23 anos, que chegou do Antuérpia por 21 milhões de euros. No entanto, o jovem ainda não foi utilizado.

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