Rui Pinto, o criador da plataforma Football Leaks, está a enfrentar um novo processo judicial. O jornal A BOLA teve acesso ao despacho do Ministério Público, que acusa o hacker de 377 crimes: 202 de acesso não autorizado qualificado, 134 crimes de violação de correspondência, 23 crimes agravados de violação de correspondência e 18 crimes de danos informáticos.

Entre os acessos não autorizados estão invasões às caixas de correio do Benfica (como as de Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Domingos Soares de Oliveira), de magistrados, jornalistas e até da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). O arguido acedeu ilegalmente ao conteúdo dessas caixas de correio eletrónico e entregou o seu conteúdo a Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, que já foi condenado noutro processo a uma pena de 10 meses de prisão com suspensão da execução, por divulgação de emails.

Na próxima semana, no dia 13, será proferida a sentença do processo em que Rui Pinto é acusado de três crimes de acesso não autorizado (aos computadores do Sporting, PLMJ e Federação Portuguesa de Futebol) e quatro crimes de acesso indevido (Sporting, FPF, PLMJ e PGR), num total de 90 acusações.