Nuno Gomes já não é sócio do irmão para evitar conflitos no Benfica
Nuno Gomes decidiu cessar a sua parceria empresarial com o irmão, Tiago Ribeiro, de forma a prevenir qualquer incompatibilidade com os estatutos do Benfica, caso venha a assumir o cargo de vice-presidente para o futebol. O antigo avançado integra a Lista F, liderada por João Noronha Lopes, e teve de se desvincular da sociedade familiar para cumprir as exigências regulamentares do clube.
O artigo 50.º dos estatutos encarnados determina que os membros dos órgãos sociais não podem manter, direta ou indiretamente, relações comerciais ou de prestação de serviços com o clube ou com empresas ligadas à SAD. Esta proibição estende-se também a familiares próximos, como cônjuges, ascendentes ou descendentes, o que colocava Nuno Gomes numa situação de potencial conflito devido à atividade da empresa que partilhava com o irmão.
Durante vários anos, Nuno Gomes e Tiago Ribeiro foram sócios na NPlayers, empresa dedicada à intermediação de jogadores e que, no passado, esteve envolvida em negócios com o Benfica, incluindo na negociação que levou Roger Schmidt a assumir o comando técnico da equipa principal. A eventual nomeação de Nuno Gomes como administrador da SAD agravaria essa incompatibilidade, uma vez que o Benfica poderia voltar a ter de negociar com a NPlayers.
Perante a impossibilidade de acumular as duas posições, o ex-internacional português formalizou a sua saída da sociedade a 1 de agosto deste ano. A decisão foi tomada logo após aceitar integrar a candidatura de Noronha Lopes, assegurando assim o cumprimento das normas internas.
Tiago Ribeiro, por sua vez, planeia suspender a sua licença de agente FIFA se a Lista F vencer as eleições, medida destinada a evitar qualquer especulação ou suspeita em torno do tema.
Nuno Gomes já havia adotado uma postura semelhante no passado, quando desempenhou funções de direção no Benfica Campus, recusando que a NPlayers participasse em qualquer intermediação relacionada com o clube, mesmo não estando então integrado em nenhum órgão social.
