Após os controversos casos no jogo entre o FC Porto e o Arouca, que terminou empatado em 1-1 no passado domingo, o Benfica emitiu um comunicado expressando preocupações sobre o tempo de compensação dado no Estádio do Dragão. Esta posição recebeu algum elogio por parte do movimento ‘Servir o Benfica’, liderado por Francisco Benítez, que perdeu nas últimas eleições para Rui Costa.

No comunicado, o grupo de sócios afirmou que “a batota não pode ganhar” e apoiou a direção do atual presidente do Benfica na contestação do ocorrido.

Comunicado na íntegra:

“Época nova, hábitos antigos, é assim o futebol português, onde existe sempre quem recorra a todos os expedientes possíveis para vencer. São décadas de pressão sobre equipas de arbitragem e de coação sobre muitos outros agentes desportivos, com o beneplácito de diversas lideranças da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga de Clubes.

O Sport Lisboa e Benfica não pode resignar-se e tem que assumir, de uma vez por todas, o seu papel no futebol português, liderando com propostas que agreguem outros clubes e agentes desportivos com vista à transformação do futebol português para melhor, de modo a que os vencedores das provas sejam as equipas mais competentes dentro das quatro linhas e não aquelas que trabalham melhor nos bastidores.

Saudamos o comunicado do dia 3 de Setembro e as pertinentes questões nele colocadas, mas pedimos mais na defesa dos interesses do Sport Lisboa e Benfica e de um futebol sério, verdadeiro e transparente. Exortamos a direção do Sport Lisboa e Benfica a tomar uma posição firme e a iniciar um caminho que permita fazer do futebol português uma atividade exemplar na sociedade portuguesa.

Servir o Sport Lisboa e Benfica é pugnar pela verdade e pela transparência nas competições profissionais, para o que sugerimos a adoção das seguintes medidas

Publicação dos áudios entre árbitros e VAR;
Criação de um quadro de especialistas VAR, como defendido por diversos especialistas em arbitragem;
Independência da arbitragem, deixando a mesma de estar sob o domínio da Federação, como já é prática corrente noutros países europeus;
Publicação dos relatórios de avaliação de árbitros e vídeo-árbitros;
Auditoria à tecnologia de linha de fora-de-jogo do VAR;
Atuação disciplinar contra os atletas que sistematicamente recorrem à simulação para ludibriar equipas de arbitragem;
Agravamento dos castigos aplicados aos agentes desportivos por mau comportamento reincidente relacionado com injúrias a outros elementos do jogo.
Estamos convictos que o Sport Lisboa e Benfica, se quiser liderar este processo, conseguirá agregar outros clubes e agentes desportivos em torno de uma discussão profícua que resulte na implementação de medidas que garantam a integridade das provas e a valorização do futebol português. Defender o Sport Lisboa e Benfica será sempre defender a transparência das competições disputadas pelo clube. Viva o Sport Lisboa e Benfica!”