Já é conhecido o motivo oficial do trágico acidente no Elevador da Glória

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) revelou que o acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, foi provocado pelo ceder do cabo que liga as duas cabinas, especificamente no ponto de fixação da carruagem superior. O descarrilamento resultou em 16 mortos e 22 feridos.
A investigação indicou que o restante sistema, incluindo polias e volante de inversão, não apresentava anomalias. O cabo, usado há seis anos e com vida útil prevista de 600 dias, tinha sido instalado há 337 dias, mantendo ainda 263 dias até à substituição.
A manutenção é feita por uma empresa externa sob supervisão da Carris, que gere o elevador. Contudo, o GPIAAF notou que o equipamento não está sob fiscalização do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, nem há informação clara sobre qual entidade pública deve supervisionar a segurança do sistema. Inspeções completas são feitas a cada quatro anos pela empresa operadora.
O Elevador da Glória liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, percorrendo 276 metros, sendo uma atração popular entre turistas.