Hansi Flick não resistiu à derrota pesada frente ao Japão e acabou por ser despedido poucas horas depois do encontro. Esta demissão foi algo inédito na história centenária da Associação Alemã de Futebol (DFB), uma vez que nenhum dos dez antecessores de Flick foi demitido pelo órgão; todos os selecionadores da Alemanha abandonaram o cargo pelo próprio pé. 

Alguns fizeram-no depois de prestações abaixo das expectativas, como o caso de Helmut Schön, Jupp Derwall, Berti Vogts, Erich Ribbeck e Rudi Völler. Outros saíram com grandes títulos no palmarés, como Sepp Herberger, Helmut Schön, Franz Beckenbauer e, mais recentemente, Joachim Löw – todos vencedores da Copa do Mundo.

Com Hansi Flick, a DFB viu-se pela primeira vez obrigada a intervir diretamente e demitir o treinador depois de 5 jogos consecutivos sem vencer (4 derrotas e 1 empate). A Associação está já a trabalhar para encontrar o sucessor. De acordo com as casas de apostas, Stefan Kuntz, Jurgen Klopp e Julian Nagelsmann são os principais favoritos ao cargo de treinador da Alemanha (importa lembrar que, em Portugal, as casas de apostas legais ainda não podem oferecer este tipo de aposta). Apesar disso, parece muito improvável que tanto Klopp como Nagelsmann deixem os seus atuais projetos para se tornarem selecionadores nacionais. Para já, a equipa técnica composta por Rudi Völler, Hannes Wolf e Sandro Wagner estará a comandar a seleção alemã nos próximos jogos.