Frederico Varandas quebrou o silêncio sobre o falhanço na contratação de Jota Silva

À margem da Supertaça de Futsal em Gondomar, Frederico Varandas falou sobre o mercado leonino e, em particular, sobre a tentativa falhada de garantir Jota Silva.
O presidente do Sporting começou por sublinhar: «Nunca conseguimos ser o campeão do mercado. Nem em número de investimento, nem em número de jogadores, de jatos particulares, contratações secretas, nunca conseguimos. Temos sido mais fortes a conquistar campeonatos. Foi um jogador identificado pelo nosso treinador, gostaria de o trazer para ter maior profundidade. Foi validado pela estrutura do Sporting e decidimos que era um dos alvos. Isso obriga a um esforço financeiro que enquadrámos para um jogador de profundidade. Tínhamos o objetivo de empréstimo, esteve inegociável durante o mercado, pois era pedido 15 milhões de euros a que dissemos que não.»
Sobre a evolução do processo, explicou: «No penúltimo dia, o Nottingham, no seu direito, recebeu uma proposta do Botafogo de 19 milhões de euros pelo Jota Silva. Dissemos ao nosso treinador — que esteve sempre a par do processo — que não havia nada a fazer. Mas o Jota recusou. E, já perto da meia-noite, no último dia, finalmente, tinham aceite fazer um empréstimo, mais ou menos nos nossos moldes, mas não nos nossos valores.»
A negociação chegou a um ponto de acordo, mas demasiado tarde: «O Sporting cedeu. Estamos a falar de uma coisa entre três e quatro minutos porque não havia tempo, e aceitámos uma proposta de empréstimo de 4,5 milhões, mais o salário de 2,5 milhões, seria sete milhões de euros o empréstimo do jogador. O que é que aconteceu? Recebemos a documentação do Nottingham Forest, já depois deste acordo, às 23h45. Eu percebo que os senhores não têm esta experiência, mas é praticamente e tecnicamente impossível receber a documentação, preencher os impressos, assinar os contratos, digitalizar, pôr na plataforma, tudo. Era tecnicamente impossível.»
Varandas deixou ainda uma nota sobre o esforço feito: «Aliás, quando recebemos a documentação às 23h45, as pessoas experientes do nosso departamento jurídico disseram ‘Presidente, isto não vai ser possível’. Eu disse para tentar. Fez-se tudo o que se fez em 16 minutos, tempo que eu nunca pensei que fosse possível e tenho de dar aqui um agradecimento ao departamento jurídico, nunca pensei. Era tecnicamente impossível. Tentámos. Não conseguimos o Jota. Não houve nenhum boicote. O treinador nunca quis o Jota nas condições nos foram oferecidas até às 23h25, por isso, não vale a pena criar novelas onde não há.»