Francisco Trincão alinhou de início na vitória de Portugal sobre a Alemanha, mas a sua exibição ficou longe de ser consensual. Apesar de ter sido uma peça-chave no Sporting ao longo da temporada — onde ajudou à conquista do campeonato e da Taça de Portugal — o extremo não convenceu no jogo de Munique, e acabou mesmo por ser alvo de críticas contundentes.

Diamantino Miranda, antigo internacional português, foi um dos mais duros nas apreciações. Em declarações à CMTV, apontou diretamente a diferença de competitividade entre os campeonatos: “Nota-se a diferença de quem joga em Portugal e quem joga em campeonatos mais competitivos.”

Na sua ótica, o desempenho de Trincão revelou essa disparidade, especialmente no que toca ao ritmo e à exigência do jogo. Foi ainda mais longe, dizendo que não teria mantido o jogador em campo após o intervalo: “Se dependesse de mim, nem Trincão nem Bernardo Silva voltavam para a segunda parte.”
E reforçou a comparação com outro extremo da seleção: “O andamento de Trincão comparado com Pedro Neto não tem rigorosamente nada que ver.”

Aos 58 minutos, Trincão foi substituído por Vitinha, e Rúben Neves deu lugar a Nélson Semedo. Pouco depois, Portugal igualava a partida e viria mesmo a consumar a reviravolta que garantiu o triunfo.

Sobre o rendimento de Bernardo Silva, Diamantino admitiu que também esteve abaixo do esperado, embora tenha relativizado a sua exibição: “O Bruno Fernandes também não esteve bem na primeira parte.”
E justificou a má performance do médio do Manchester City com um possível défice físico.

No rescaldo do encontro, o selecionador Roberto Martínez preferiu destacar o espírito coletivo da equipa: “Começar com um onze, terminar com outro. Mas o importante é o espírito que a equipa tem. Foi uma vitória da equipa.”
E sublinhou ainda a forma como os jogadores souberam adaptar-se à estratégia germânica:
“Adaptámo-nos bem ao que a Alemanha estava a dar.”

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