Luís Freire deixa aviso ao Sporting para o jogo do título “vamos dar a vida”

Após a derrota do V. Guimarães frente ao Farense por 1-2, Luís Freire manifestou desagrado com a arbitragem e garantiu máxima ambição para o decisivo encontro da última jornada diante do Sporting, onde estará em jogo o 5.º lugar e o apuramento para a Liga Conferência.
Na zona de entrevistas rápidas, o técnico dos vimaranenses começou por criticar a forma como o jogo foi conduzido: “Hoje ficámos sem dois jogadores para o próximo jogo. O Handel aos 93 minutos… não foi por nenhuma falta. Podia dizer muita coisa, mas neste momento… só precisava que este jogo tivesse tido uma condução de jogo mais serena e mais justa para que pudéssemos de igual forma disputar este jogo. Vamos para a última jornada, dependemos de nós. Não dependemos de mais ninguém, dependemos de nós. Vamos dar a vida por este clube e por esta instituição. Queremos mostrar qualquer coisa na última jornada porque temos campeonato para fazer”.
Freire expressou frustração com o desenrolar da partida: “Para chegar aqui tivemos que pedalar muito. Somos os mesmos que fizemos 29 pontos. Estou frustrado e zangado porque poderia ser um jogo mais tranquilo se toda a gente fizesse por isso. Acho que não foi um jogo tão tranquilo porque nem todos os que estiveram no campo fizeram por isso. Houve muita coisa que podia ter sido diferente também por parte de outras entidades. Da nossa parte, claro que devemos ter mais calma, mais controlo emocional, definir melhor, fazer os golos que temos para marcar. Não podemos sofrer os golos que sofremos, não vamos fugir a isso, mas fica mais difícil. Há muito trabalho do Vitória, são 50 jogos. Não senti um tratamento igual entre as duas equipas. Eu farto-me de trabalhar, os jogadores fartam-se de trabalhar. O Vitória representou muito bem Portugal na Europa. Os meus jogadores mereciam mais qualquer coisa”.
Na conferência de imprensa, aprofundou os seus reparos à arbitragem: “Há dois lances que gostava que me explicassem. O penálti e uma coisa que não consigo entender, há um lance do João Mendes igual no primeiro tempo que não foi marcado. No segundo golo do Farense, o Toni Borevkovic é varrido da jogada. Isso não pode passar. Desestabilizaram uma equipa aos 80’ e depois aos 90’… ficamos com zero pontos. Ficamos sem o Händel e sem o Relvas. Já chega o que não conseguimos fazer, que é nossa responsabilidade, depois ainda temos o lance do segundo golo. Há o fiel da balança e o VAR para decidir as coisas. Não estou a dizer que é premeditado, mas os lances são decisivos e ajudaram a decidir o resultado”.
Apesar da desilusão, o treinador garantiu ambição total para a visita a Alvalade: “Como sempre, vamos ser extremamente competitivos. Fomos a equipa que quis assumir o jogo, conquistámos 29 pontos. Estamos na luta, não saímos da luta, há o nosso jogo e o do nosso adversário. Vamos com coragem máxima para o último jogo porque precisamos dos pontos. Os jogadores têm 50 jogos na época, recuperaram muitos pontos, mas o jogo não foi fácil. Não podemos é sofrer golos em lances que são falta. Como é lógico, estamos revoltados. Vamos ter de trabalhar forte para ficar com o 5.º lugar. Estamos tristes e revoltados, mas temos um caminho: trabalhar e responder. Vamos ter de defender o nosso 5.º lugar”.