O Ministério Público francês avançou com um pedido para que Achraf Hakimi, lateral do Paris Saint-Germain, seja julgado por um caso de alegada violação ocorrido em 2023 — uma acusação que o futebolista marroquino nega desde o início.

A Procuradoria de Nanterre entregou esta quinta-feira ao juiz de instrução o pedido formal para que o processo seja remetido ao tribunal criminal de Hauts-de-Seine. A decisão final sobre a realização do julgamento caberá agora ao magistrado responsável pelo inquérito. Se for considerado culpado, Hakimi poderá ser condenado até 15 anos de prisão.

A queixosa, uma mulher de 24 anos, relatou às autoridades que o jogador a teria agredido sexualmente após um encontro em casa deste, para onde foi transportada num veículo solicitado pelo próprio. O contacto entre ambos terá começado no Instagram, em janeiro de 2023. A mulher afirmou ter sido tocada e forçada sem consentimento, conseguindo posteriormente pedir ajuda a uma amiga por mensagem.

A defesa do internacional marroquino, liderada pela advogada Fanny Colin, contestou o pedido de julgamento, classificando-o como “desproporcionado” e garantiu que recorrerão a todos os mecanismos legais disponíveis caso a acusação avance. Por outro lado, a representante legal da suposta vítima revelou que a sua cliente ficou “profundamente aliviada” com o avanço do processo.

Recorde-se que, numa entrevista recente, Hakimi afirmou que o sucesso o tornou um “alvo fácil”, motivo pelo qual tem dificuldade em confiar nas pessoas à sua volta.

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