CEO do Manchester United deu uma bicada em Rúben Amorim “não percebemos…”

O arranque de Rúben Amorim à frente do Manchester United não correu como esperado, com o clube a terminar a época na 15.ª posição da Premier League. Ainda assim, o CEO dos red devils, Omar Berrada, garantiu que a direção continua a acreditar no técnico português e que os maus resultados foram encarados como parte de um processo de adaptação.
Em entrevista ao portal United We Stand, o dirigente de 47 anos reconheceu que o clube já contava com dificuldades no imediato, ao contratar Amorim a meio da época.
“Sabíamos que, ao trazer o Rúben [Amorim] a meio da temporada, seria ainda mais difícil que a equipa conseguisse bons resultados. Foi algo que vimos como um investimento para as épocas seguintes, porque sabíamos que íamos dar tempo ao Rúben para conhecer a equipa, o clube e a Premier League”, explicou.
Segundo Berrada, a intenção nunca foi ver resultados imediatos, mas sim construir um projeto sólido a médio prazo.
“Temos um percurso muito claro na nossa cabeça. Se o Rúben tivesse começado apenas no verão deste ano, isso não aconteceria. E é isso que sinto relativamente a estes sete ou oito meses e àquilo que sofreu na Premier League. E a equipa sofreu com ele. Mas é algo que nos vai ajudar no futuro”, acrescentou.
Contudo, o lugar na parte baixa da tabela acabou por ser mais negativo do que o esperado:
“Ainda assim, não conseguia prever que iríamos acabar em 15.º. O objetivo nunca foi esse. Provavelmente não percebemos o tempo que iria demorar até a equipa se adaptar a este esquema. Mas é uma decisão da qual não nos arrependemos. Estou convencido que é algo que vai dar frutos na próxima época”, assegurou o CEO.
A entrevista abordou também o impacto da nova gestão liderada por Jim Ratcliffe, nomeadamente no que toca a decisões estruturais:
“As decisões mais difíceis já foram tomadas. É muito complicado demitir pessoas que trabalharam aqui durante tantos anos…”, lamentou.
Por fim, Berrada apontou ao grande objetivo que orienta o futuro do clube: recuperar a hegemonia no futebol inglês.
“Teremos duas ou três janelas de transferências de verão para construir uma equipa capaz de o fazer. Só aí ficaremos felizes”, concluiu, traçando como meta a conquista da Premier League até 2028 — algo que o clube não consegue desde 2012/13.